sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mães de menina e Mães de menino

Pois é. Ainda no ventre José começa a nos apresentar o universo masculino que vem com ele. Desde pouco depois que descobrimos que eu estava grávida - na verdade desde que soubemos que apenas um embrião (dos dois visualizados no primeiro ultrassom) tinha se desenvolvido - senti que era um menino. Não achava que fosse ter esse tipo de sensação, mas comecei a dizer para as pessoas: "acho que é um menino, não sei porque". Bem, quando efetivamente confirmamos o menininho, a Marta - que detesta terapia ou auto ajuda - falou: vou comprar aquele livro: "criando meninos"! Sempre rimos desse livro, pois qual seria de fato a diferença entre criar meninos e meninas? Mas na eminência de um ser do sexo masculino dependendo de nós, a insegurança bateu: será que temos que fazer alguma coisa diferente?
Bom, começa com as roupinhas. Verificamos que quase NADA  pode ser aproveitado do armário da Rosa. Por mais que ela vista azul, verde, quase tudo tem lacinho, borboletinha, coraçãozinho, florzinha... é impressionante como as roupas são marcadas. Tem algumas coisas unissex (que a Rosa usava com um lacinho na cabeça, claro....). Falei sobre isso com a Irene, irmã da Marta, que também espera um menino (sim, ele vai ter um priminho!!) e achei a percepção dela incrível: na nossa classe solcial e nos tempos atuais, é melhor ser mulher do que homem... a menina pode usar qualquer coisa, fazer o que quiser e ninguém fala nada... O pobre do menino, não usa vestido, não usa rosa (ou usa?),  não rebola... blá, blá, blá...
Enfim, fora tudo isso, tem o "piu piu". Nas minhas duas últimas ultrassonografias,  ele foi foco absoluto dos médicos. Pedi à primeira médica que fizesse uma foto de perfil do José e escrevesse abaixo o nome, pois a Marta me deu de natal um porta retrato com uma ultra de perfil da Rosa e o nominho dela e um espaço para colocarmos uma do José. Acontece que ele estava com o rostinho escondido. Qual foi a solução da médica? Quando peguei o laudo, ela colocou uma foto do pênis do meu filho, escrito: "pênis" e abaixo: "José". Pode isso? Nunca fizeram isso com a Rosa. Fariam isso com uma menina? Bem, apesar de um certo incômodo, achamos alguma graça, no mínimo curioso esse culto ao "pintinho" de um feto... Passou um mês, outra ultra. Dessa vez a morfológica. Primeiro as notícias: nosso filho está lindo e saudável! Tudo certo com ele! Ele mede em torno de 24cm e pesa cerca de 527g!! Solicitamos novamente a tal foto de perfil. O ultrassonografista fez e ficou linda!! (deu até para achar que a boquinha e o queixo parecem comigo...).  Pegamos então o laudo: várias fotinhos da morfologia do feto - coração, cérebro, ossos, rosto, mãos, pés, sexo, etc e, na segunda página, duas fotos ampliadas para as mamães ficarem felizes: o perfil escrito José e o??? "Piu piu"! A página está escaneada ao lado para que todos vejam que nosso filho é lindo (e macho mesmo, né? Deve ser isso...).
Enquanto isso, nossa menina está cada dia mais vaidosa. Ontem, chegamos na cheche e todas as professoras contavam a seguinte história: fizeram uma atividade na sala de multimeios - que tem fantasias. A atividade era mexer no caldeirão de bruxa, mas a Rosa resolveu se fantasiar: colocou chapéu, colares, pulseiras e dizia: "(R)osa tá (l)inda!!".  Os amigos então vinham com cobrinhas e morceguinhos perto dela e a nossa pequena: "Não, sai! A (R)osa tá (l)inda!". Bem menininha essa nossa filha... Como diria a Marta: nossa "Xuxuca Piruinha!!"


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mães de dois

Desde que esperávamos a Rosa, tinha vontade de escrever as experiências pelas quais estávamos passando em um blog. Acabei na dúvida e escrevi vários e vários textos só para ela (que tenho que lembrar de imprimir e salvar para que não se percam nesses arquivos digitais).
A Rosa nos fez mães. Gerada na barriga da mamãe Marta, eu acompanhei cada segundo desde antes da concepção, preenchi o livro da grávia e fiz yoga para gestantes. Ela nasceu enquanto eu cantava "A Rosa" do Pixinguinha e hoje, com um ano e sete meses, Caetano cantava essa música no rádio do carro e ela falou: "a muca da Osa!".  Ficamos muito emocionadas.
Desde antes de nascer, ela é o centro da nossa atenção e sabe muito bem disso. Já faz quase 6 meses, a Marta carregava o bebê de uma amiga e ela puxou o pé da criança e disse: "Não! Mamãe meu!". Eu então peguei o bebê do colo da Marta e ela repetiu o texto puxando mais uma vez o pé da aminguinha Lia: "Mamãe meu!".
Eis que vamos ter outro filho: José vem por aí. Hoje completo 5 meses de gravidez e ele está se fazendo presente, chutando a beça e me fazendo ir ao banheiro a cada 15 minutos. Acho que a brincadeira do dia é apertar a minha bexiga. 
Descobri que segundo filho é mesmo o que dizem: temos muito trabalho com a Rosa, não somos mais marinheiras de primeira viagem, estamos trabalhando muito e, o resultado é que, até o início desse ano, ainda não tinhamos conseguido curtir a gestação simplesmente. Mas isso está mudando, comecei a fazer yoga para gestantes, a Marta participa dos encontros sobre cuidados com o bebê, compramos várias coinhas (de menino!) quando fomos visitar meu irmão em NY e agora inicio esse blog! Assim, as experiências de sermos mães de dois ficam registradas para os pequenos e para os amigos que querem notícias.
Por enquanto, os irmãos se dão bem. A Rosa faz carinho na minha barriga, sempre que vê uma ultra  fala "neném!" e já chama o irmãozinho pelo nome: "Xosé!". Quero só ver quando ela descobrir que não se trata de uma mancha em preto e branco e nem de uma melancia que a mamãe engoliu... 

Beijos a todos, estou feliz em compartilhar por aqui.

Laura