tag:blogger.com,1999:blog-37025850394494631132024-03-05T10:58:18.147-08:00Rosa, José, Clarissa e suas mãesmães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-84858118725882330722018-02-02T10:57:00.000-08:002018-02-02T10:57:11.187-08:00Dois anos depoisTeve muita dor. Da minha parte, muita culpa também. Pouco mais de 2 anos sem postar nada por aqui. Não sabia bem o que dizer. Não sabia bem de mim depois que eu e Marta nos separamos. Um salto que dei no abismo, no escuro. Muito escuro. <br />
Hoje estava arrumando meu novo computador, junto de uma nova vida que a poucos meses começa a re-fazer sentido e vi nossa primeira foto de família depois da separação. Uma festa na escola do José, quando luzes enfim voltavam a brilhar na minha vida, quase extatos 2 anos da última postagem aqui.<br />
E me veio essa reflexão e a vontade de seguir escrevendo sobre a família dos meus filhos, agora de mães separadas.<br />
Aos poucos essa relação vai se reconfigurando em um novo lugar e vai sendo possível achar velhos lugares de companheirismo e troca sobre as crianças, lugares de troca no trabalho, que fazem bem. Vai sendo possível .ampliar. <br />
Hoje voltei do trabalho, como acontece as vezes, de carona com a Marta e a Tarsila. - namorada dela - e tem ainda a minha namorada e a relação das crianças com todas e a possibilidade de eu e Marta falarmos sobre a reação das crianças nessa nova configuração e seguir. construindo.<br />
Ainda não sei bem porque dei o salto, porque encontrei o escuro. Vivi. Aprendi coisas por lá. Vi a Marta criar asas lindas de borboleta e voar. To vendo brotar minhas asas também. Talvez por isso.<br />
Voemos. porque é lindo descobrir novos ares. E desse novo alimentar nossos filhos.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeo4zj74hf9ivGj5CqtRxxefi6FndDaZ_XUHY72NE-9-0O5cLQFb6lp8wHie3XLbp-KM104zArXTrToKk8MHqKHEEihRIw9FG4QTghTDgQ13TJ_pqw4I6-iQqwYh45NVn_gUDUGV67a4E/s1600/IMG_1727.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeo4zj74hf9ivGj5CqtRxxefi6FndDaZ_XUHY72NE-9-0O5cLQFb6lp8wHie3XLbp-KM104zArXTrToKk8MHqKHEEihRIw9FG4QTghTDgQ13TJ_pqw4I6-iQqwYh45NVn_gUDUGV67a4E/s400/IMG_1727.JPG" width="400" /></a></div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-24372902555910363252015-11-20T04:12:00.000-08:002015-11-20T04:58:05.106-08:00Estrelinha...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxJVIV1m160_Oo7QjfQ5Wt4s6nUxfMwJo3k5UPnHCxpcNLcSy8HYV6pxe85rHOq09vNMoFj-vjPwsEqTlLqGfyfpW3fjnwuFhXXVU1-Nl5ygk_BeuE31-DKESxDBFRhF9Yo2WOrY0S08s/s1600/IMG_7178.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxJVIV1m160_Oo7QjfQ5Wt4s6nUxfMwJo3k5UPnHCxpcNLcSy8HYV6pxe85rHOq09vNMoFj-vjPwsEqTlLqGfyfpW3fjnwuFhXXVU1-Nl5ygk_BeuE31-DKESxDBFRhF9Yo2WOrY0S08s/s320/IMG_7178.JPG" width="320" /></span></a><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Faz uma semana essa conversa e tentando conta-la para minha mãe, percebi que estava esquecendo os detalhes e que esse é um capítulo importante da vida da minha filha Clarissa e que os grandes capítulos eu vinha escrevendo aqui. Então vim. Registrar.</span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Clarissa tem perguntado mais claramente sobre sua família de origem. Aos 6 anos, atingiu a idade da razão e está sendo capaz de compreensões surpreendentes. Antes da elaboração, no entanto, ela passou umas semanas manhosas, birrentas e isso, normalmente, indica alguma angustia que ela vai conseguir dividir um pouco mais tarde. Até que chegou a pergunta: "Por que a moça que me teve na barriga não me quiz<span style="background-color: white; font-size: 16px;">?". Ficamos baratinadas. Minha primeira resposta foi: não sei se ela não te quiz. Sei que você tinha que encontrar sua família de verdade, que era a nossa família. Ela sabia que você ia encontrar suas mamães de verdade em algum lugar. </span></span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;"> Estávamos engolindo seco para dar as respostas, desviamos o assunto.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">O dia seguinte era o dia internacional da adoção. Depois de pensar muito, voltamos ao tema com as crianças. Explicamos que era um dia especial. Que a gente celebrava as crianças que nasceram de uma barriguinha "emprestada". E que na nossa família, os três haviam nascido dessa forma! A mamãe Marta emprestou a barriga pra mamãe Laura ser também mãe da Rosa, a mamãe Laura emprestou a barriga para a mamãe Marta ser também mãe do José e a moça que a gente não conhece emprestou a barriga para sermos mamães da Clarissa. E então perguntamos: e quem sabe o nome disso</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">? De quando a gente usa uma barriga emprestada para nascer</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">? E a Clarissa: <i>amor</i></span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;"><i>? </i>Sim, amor pode ser o outro nome de adoção... </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Ficamos mais tranquilas porque tivemos a certeza de que o principal ela sabia. Mas as questões não pararam por aí. Afinal, não tínhamos respondido nada direito... No mesmo dia a noite, a Clarissa viu uma moça amamentando e perguntou: "Eu mamei no peito da moça da barriga</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">?" E a Marta: "Sim". </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">E Clarissa: "E quando eu mamava no peito dela, ela era minha mãe</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">?"</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Dessa vez eu não estava. Marta falou: você quer que eu conte tudo que eu sei dessa moça</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">? Clarissa concordou.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">A história contada foi a verdade. Em liguagem que ela pudesse entender. A moça estava muito doente. Sabia que não podia ser mamãe de ninguém. "Como ela sabia</span></span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">?</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">", Clarissa interrompeu. Marta explicou que tem momentos em que não conseguimos cuidar nem da gente, então não podemos cuidar de outro. Mas que quando a Clarissa nasceu, ela ainda não sabia como fazer para a Clarissa encontrar sua família de verdade. Então ficou com ela e amamentou, que é o que se deve fazer com um bebezinho... Mas então a Clarissa também ficou doente e precisou ir para o hospital e foi aí que ela soube que era a hora. Que no hospital cuidariam melhor dela e poderiam ajuda-la a encontrar sua família. E assim foi. Clarissa ficou feliz com a resposta e pediu que Marta contasse tudo novamente quando estivéssemos todos juntos para que os irmãos e eu, Mãe Laura, ouvíssemos a história. Quando chegamos no carro ela pediu para a Marta: "conta mamãe...". Marta então retomou toda a história. Dessa vez, Clarissa fez dois adendos. Quando chegou na parte do hospital ela perguntou: "Mas eu não fiquei triste quando ela me deixou lá</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">?". Respondi que talvez sim, deve ter ficado com saudades, mas que também ficou feliz "porque você estava muito fraquinha sem poder andar, correr brincar... e no hospital cuidaram de você e você foi podendo fazer todas essas coisas!" Mas Clarissa seguiu:</span></div>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">-</span><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;"> Ela já morreu</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">?</span></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Eu:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">- Não sei, filha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Ela:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">- Eu acho que sim, porque essa história faz muuuuuuuito tempo...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Eu:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">- Talvez você tenha razão... (a moça era doente e vivia na rua...)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Ela:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">-</span><span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: 16px;"> Mamãe, quando a gente morre vira estrelinha</span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Eu:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;">Isso, filha....</span></div>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;">E ela não tocou mais no assunto. Tem uma semana. Acho que, por ora, a estrelinha resolveu para ela esse lugar da origem. Achei lindo como ela construiu sozinha esse caminho para uma explicação que lhe faria bem... E vamos em frente. Até a próxima construção!</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: inherit;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span>mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-38100454913986909812015-05-10T09:45:00.002-07:002015-05-10T10:28:15.348-07:00Sobre o dia das mães <div style="text-align: justify;">
<span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px; text-decoration: -webkit-letterpress;">Já posso ser considerada uma mãe experiente: 3 filhos, nenhum bebê... O mundo virou de cabeça pra baixo desde que eles foram nascendo, chegando, e assim ficou. Mas não posso mais me espantar. Já faz parte da minha rotina. Perdi o prazo que concedem às mães para enlouquecer e/ou se dedicar integralmente aos filhos. Afinal, o menor já tem 3 anos e eu devo ser capaz de ser para além deles. E eu finjo que sou. Finjo que a experiência conta de alguma coisa. Finjo que um dia não é completamente diferente do outro e que não fico mais completamente baratinada, atordoada e apaixonada a cada coisa que eles fazem. Finjo que já não sinto tanto medo. Mas talvez o costume seja de que isso nunca vai mudar. Que o sobressalto nunca vai sair do meu peito. E aí agradeço a minha mãe e ao meu pai por sentirem isso por mim. É inexplicável. Feliz dia das mães! </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH-3gZifFokV9shccyBhuTdf9YyG7aaNlVwb0b-Eh9paElJhbIUZXr6WWuX3zfIAIvQwhQBw3wakTvPU3_MU9rRcj09Nibdguk3p6RyKHTOUrM5M5img9RevFE8l-iYjbsio2jqTMaABY/s1600/Laura+e+crian%C3%A7as.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH-3gZifFokV9shccyBhuTdf9YyG7aaNlVwb0b-Eh9paElJhbIUZXr6WWuX3zfIAIvQwhQBw3wakTvPU3_MU9rRcj09Nibdguk3p6RyKHTOUrM5M5img9RevFE8l-iYjbsio2jqTMaABY/s320/Laura+e+crian%C3%A7as.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(130, 98, 83, 0.0980392); color: rgba(0, 0, 0, 0.701961); font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 17px; text-decoration: -webkit-letterpress;"><br /></span>
<img src="webkit-fake-url://ccfa9587-e85e-4942-8fd5-1e044987510e/imagejpeg" />mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-43870745393948678952014-08-28T06:24:00.002-07:002014-08-28T06:29:37.826-07:00Quando eu tinha zero...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfkJmrEu9jzcXMtmOX57FmAQ_MQnG9PKsg26Z_rCWCFEi83odIX1e4_LGRoXt_5ulEy9N3t7Y-jXtEctt7pQTtKy6kXddbxN4dIkq_bbfrIU0HIRN247JLSN9TDM0eH2Izb4ODhDSxCA8/s1600/N%C3%B3s+e+Helo%C3%ADsa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfkJmrEu9jzcXMtmOX57FmAQ_MQnG9PKsg26Z_rCWCFEi83odIX1e4_LGRoXt_5ulEy9N3t7Y-jXtEctt7pQTtKy6kXddbxN4dIkq_bbfrIU0HIRN247JLSN9TDM0eH2Izb4ODhDSxCA8/s1600/N%C3%B3s+e+Helo%C3%ADsa.jpg" height="320" width="320" /></a><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Por aqui, bons ventos trazem nova vida e nova vida trás novos pensamentos. Nasceu a mais nova priminha dos meus filhos: Heloísa! Uma gracinha super cabeluda e saudável!</span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><span style="font-size: 12.727272033691406px;">O que eu não esperava era que ela fosse causar tanta comoção nos meus filhotes. A pequena tem um irmão mais velho e eu achei que os ciúmes, inseguranças e reflexões estariam reservados para ele (e pros pobres pais dele...). Achei que minha cota de gerência nessa seara tinha se encerrado e imaginava até ajudar meu sobrinho e seus pais com minha vasta experiência de administração de irmãos.</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;">
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><span style="font-size: 12.727272033691406px;">Eis que fomos levar as crianças para conhecer a doce Heloísa. Logo que chegamos, a pequena estava mamando. Coloquei cada um no colo para que pudessem vê-la, uma vez que a cama do hospital é alta. O José imediatamente gritou: "mamá!! Qué mamá!!!" - chorando e exigindo peito também... Falei: filho, seu mama é na mamadeira que está lá em casa... A Heloísa é pequenininha e precisa mamar no peito da tia Irene quase o tempo todo! - Ao que ele respondeu: eu (pequeni) ninho! Eu qué mama!!! - foi o suficiente para eu questionar se o desmame dele (aos dois anos) foi muito cedo... Na verdade, suficiente para ele questionar isso... Mas mal deu tempo de me preocupar com o José. A Rosa fez um carinho na cabecinha de Heloísa, mas logo em seguida começou um esforço histérico de chamar a atenção. O que não é de todo do feitio dela... Chamava a cada segundo e resolveu criar uma brincadeira de acordo com ela muito engraçada, que envolvia dar tapinhas no meu rosto...! Quando eu já não agüentava mais, ela diz: mamãe, finge que você é a tia Irene e eu sou a Heloísa?</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;">Mas, pensei eu, tudo bem: olha pra Clarissa! Olha como nossa mais velha é mocinha e ficou toda encantada com a prima, quer ajudar a tomar conta, quer pegar no colo, não tira o olho do bebe e nem da Irene, uma graça! Até começarem as perguntas... Que, como sempre que o assunto e cabeludo, ela dirigiu a Marta:</span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><span style="font-size: 12.727272033691406px;">Clarissa: mamãe, porque a tia Irene ta assim deitada? Como que o bebe saiu? Foi pela perereca?</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;">
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><span style="font-size: 12.727272033691406px;">Marta: na verdade filha, a tia Irene passou a noite sem dormir porque o bebe estava tentando sair pela perereca, mas teve um problema e ele não conseguiu. Aí o médico teve que abrir a barriga dela para tirar a Heloisa e por isso ela está cansada e com um pouco de dor. A gente não pode mexer nela, tá?</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;">
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Clarissa: então o médico cortou ela e ela não dormiu e ela tá muito cansada... </span><span style="font-size: 12.727272033691406px;">mas ela ta feliz?</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Marta: sim filha, ela ta feliz.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Clarissa: ela ta feliz porque o bebe dela nasceu?</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Marta: ela ta feliz porque ela encontrou a filhinha dela e a gente sempre fica feliz quando encontra nossos filhos.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Clarissa começa a chorar.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Marta: que foi filha?</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Clarissa: Você gostava de mim quando eu tinha zero anos?</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Marta: claro que gostava. Eu gostava de você desde antes de você nascer.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Clarissa: mas você não me conhecia quando eu tinha zero...</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">E daí foi difícil de acalmar... As perguntas não pararam. "Quando eu tinha zero eu nasci nesse hospital?", "Quando eu tinha zero eu tinha cabelo?"... E chorando. Fomos explicando as coisas devagar. Como o amor sempre esteve lá esperando nosso encontro. E fomos dando as informações que temos de quando ela tinha zero. Ela nasceu em um hospital (parecido com aquele) e pesava mais ou menos o mesmo que a Heloísa pesa hoje... Aos poucos ela foi acalmando.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">Meu maior medo era ela perguntar da tal moça que carregou ela na barriga e deve ter ficado cansada como a tia Irene depois do parto e não saber dizer se ela estava feliz... Mas ela não me perguntou. Não sei se ela ainda não entende ou se não quer perguntar nada da "outra moça que a gente não conhece"como ela mesma diz. A verdade vai bem até certo ponto, mas passar do ponto que temos ido...ainda não sei se estou preparada.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.727272033691406px;">O fato é que os três se identificaram com a nova bebe. Os três ainda tem bem perto a sensação de quando eles tinham zero... Claro, foi ontem! rs Ao menos pra mim... Meus bebezinhos que crescem a olhos vistos, mas no fim das contas nossa relação se resume a este vínculo e proteção e simbiose de uma mãe e seu recém nascido. Essa ainda é minha relação com os três. Não sei se isso muda...</span></div>
</span>mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-16491125202588926302014-08-08T07:42:00.003-07:002014-08-08T07:42:39.015-07:00Quem nasceu primeiro? (mais complicado que o ovo e a galinha)<div class="MsoNormal">
Rosa e Clarissa hoje discutiam sobre seus tamanhos. Elas se
mediram e perceberam que não há diferença de estatura entre as duas. Mas a
Clarissa dizia: - "Eu sou maior!" ao que a Rosa rebatia com a prova
métrica "não é não!". Até que Clarissa explicou, certa de que ganhara
a discussão: "Eu sou maior porque eu nasci primeiro!". E a Rosa:
"Não Carissa! As mamães falaram que eu que nasci primeiro!". Tive que
intervir. "Rosa, você nasceu depois, o que você sabe é que você foi nossa
primeira filha, nasceu primeiro aqui em casa"<o:p></o:p></div>
. E ela, pela primeira vez como se
fosse uma grande vantagem, falou: "É, Carissa, você nasceu na casa azul!”
- nome que damos ao abrigo onde a encontramos e onde, aliás, ela não nasceu...
- . Fiquei preocupada. Não soube o que dizer por alguns instantes... Até que a
própria Clarissa respondeu “Mas é que eu não conhecia vocês!”. E a Rosa
completou: “É! E aí a gente te buscou de carro e você veio pra casa!” – a briga
então virou harmonia e as duas tentavam se lembrar desse momento:<br />
<div class="MsoNormal">
Clarissa: E eu era pequenininha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Rosa: Eu eu desenhei eu e você.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Clarissa: Mas você não sabia desenhar e fazia só bola, bola,
bola...(verdade...)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Rosa: Sabia sim!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Clarissa: E eu desenhei toda a família até o José </div>
<div class="MsoNormal">
Rosa: Eu também fiz o José.</div>
<div class="MsoNormal">
Clarissa: Não, Rosa, porque eu era assim (dobrou um pouco os
joelhos), você era assim (dobrou mais os joelhos) e o José era assim (deitou no
chão em posição fetal!).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyK8YlaoR1OXpCq7xc6nS-cfsZi0WaF5Nk2Q6CWU6WOi8VruJ_GkstVEvNAgZr4hULz7sHfNyR2lIbws955pQ8JHtcc7S2E7ID3Gyq517wxmBm8OOV0kYqk6gf3JraqxB6GxAN50cXtUk/s1600/rosa+e+clarissa+-+2+anos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyK8YlaoR1OXpCq7xc6nS-cfsZi0WaF5Nk2Q6CWU6WOi8VruJ_GkstVEvNAgZr4hULz7sHfNyR2lIbws955pQ8JHtcc7S2E7ID3Gyq517wxmBm8OOV0kYqk6gf3JraqxB6GxAN50cXtUk/s1600/rosa+e+clarissa+-+2+anos.jpg" height="280" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Morri de rir e chamei as duas para o café. A discussão
voltou a ser quem vai dar o café da manhã para o baby bear, ursinho mascote da
aulinha de inglês que está nos visitando... Fui percebendo que eu tinha ficado
nervosa à toa. Mas a Rosa guarda com carinho o fato de ter sido a primeira. Tem
foto dela só com a gente e, como foi difícil a chegada dos irmãos, cultivamos
essa memória nela, eu acho. Como uma coisa boa... Ela sabe que foi ela quem
realizou nosso sonho de ser mãe... Ao mesmo tempo, apesar de serem do mesmo
tamanho, a Clarissa é a mais velha com todas as características de irmã mais
velha... Cuida dos irmãos, as vezes acha eles uns “pirralhos”, como se dizia no
meu tempo, e está crente que dialoga com os adultos de igual para igual... E
sim, eu esqueço que ela não estava aqui desde o primeiro dia. Ainda bem que elas
não. Fica mais fácil de entender a história quando elas contam... <o:p></o:p></div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-69130309384855715882014-05-05T19:56:00.001-07:002014-05-05T20:10:45.536-07:00Sabia que eu tenho um pai biológico?<div style="text-align: justify;">
Já me atentei que eu corro pra cá sempre que eu tenho alguma angustia ou alguma reflexão um pouco mais difícil onde escrever me ajuda. E hoje estou muito angustiada. Desde o último post, onde acabo de ver que comecei a falar neste assunto, Rosa não se acalmou em nada quanto aos seus questionamentos sobre pai. Mas, ao contrário da Clarissa, que pergunta suas questões de forma muito direta, a Rosa é mais subjetiva sobre as coisas que a afligem. Recentemente, passou uma semana em que, no turno da manhã, antes de ir para a escola, decidia chamar eu ou Marta de pai. Era "papai" pra cá, "papai" pra lá, de uma forma bastante insistente. Não negamos a ela o direito de nos chamar de pai. Afinal, somos pai e mãe dela, o que para mim é a mesma coisa. Como falo na peça que escrevi, "o que difere o nome é o gênero das pessoas." E é isso que eu explico pra ela: "Eu não sou pai porque sou menina, meninas são mamães e meninos são papais. Mas papai e mamãe são exatamente a mesmo coisa".</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar do esforço, parece que a explicação não está sendo o bastante. As brincadeiras de "papai" continuam. Sempre como brincadeira, é verdade. E eu me pegava pensando: se quando a gente brinca eu posso ser princesa, rainha, elefante e palhaço, porque não papai? - Mas depois de uma dessas manhãs, conversei com a Marta que achava que a gente deveria ir mais longe nas explicações. Sempre dissemos para ela que tinha um moço legal que tinha dado a sementinha para a gente poder colocar na barriga da mamãe. Ela inclusive já viu muitas vezes a foto do moço, quando ele era criança, pois fica no álbum de bebê dela. Mas nunca disse para ela que esse moço seria pai dela. Até porque não acho que seja. Pai é quem cria, este é apenas um doador de esperma... Mas... meio contra minhas próprias certezas, flexibilizei o discurso e disse: Rosa, sabia que você tem um pai biológico? É o moço que deu a sementinha pra você nascer. A gente não conhece ele e ele não faz parte da nossa família, mas nós achamos que ele é muito legal, pois sem a sementinha a gente não podia ter feito você... - Ela só ouviu. No dia seguinte acordou de manhã e falou para o José: José, sabia que eu tenho um pai biológico?" - e o irmão, do alto dos seus quase 2 anos respondeu: "Peppa, papai Pig!"... - Quase morri de rir do diálogo elaborado entre os dois.</div>
<div style="text-align: justify;">
Acontece que hoje, estávamos com um casal de amigos em casa e sua filha, Lia. Eles estão sempre aqui, são nossos grandes amigos e as crianças vivem brincando juntas. A Lia chamava o pai para brincar, quando a Clarissa chamou também o tio de papai. Isso é normal. A Lia também volta e meia me chama de mãe. As crianças repetem o que as outras estão falando e acaba que formamos uma espécie de "comunidade". Mas a Rosa corrigiu: "Não Caíssa, ele não é nosso papai, a gente tem um papai biológico!" O que será que quer dizer na cabecinha dela essa coisa de um papai biológico?! Imagino uma coisa meio biônica, um robô, será? - Tentei ajudá-la e falei: sim, filha, vocês tem um pai biológico, mas vocês não tem um papai na nossa família porque vocês tem duas mamães.- E continuei, do alto da minha insegurança, seguindo o conselho de uma amiga que disse que quando as crianças percebem isso não querem mais um pai: Pensa bem, se você tivesse um pai, ia ter que deixar de ter uma das mamães! Quem ia ir embora? - Falei, em tom de brincadeira. A Clarissa começou a rir e a fazer unidunitê entre eu e Marta causando gargalhada geral. Mas a Rosa chegou perto de mim e começou a fazer uma verdadeira cirurgia: "Primeiro corta o cabelo, tira essa roupa de menina, bota uma roupa de menino - não vai doer, eu juro - mas tira esses olhos de menina e coloca olhinhos de menino. Pronto. A mãe Laula virou um menino!", Eu tentei argumentar: "mas eu não quero ser menino, se eu quisesse a gente até podia fazer isso, Rosa. Mas eu gosto de ser menina." - Então ela disse: "Vem mãe Laula, a gente joga você na lixeila, pega o tio Raif (o compadre que estava lá em casa) e bota aqui." - Minha filha me jogou no lixo... Depois pegou o telefone de brinquedo e foi ligar para o seu pai biológico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Para não chorar na frente dela, fui para o quarto. Comecei a escrever aqui. Ai me veio na cabeça que eu precisava continuar conversando com ela e nem era meu direito ficar magoada com uma criança de 3 anos. Subi, peguei ela no colo e trouxe para o quarto para colocar o pijama. Brincamos um pouco, rimos. Peguei um papel pra gente desenhar. E ela disse: "Ela bincadeila. Eu não quelo que você vá plo lixo". E eu: "Eu sei filha. Você sabe que a mamãe não pode ser papai porque é menina. Mas você sabia que tem um monte de meninos na nossa família que também te amam muito? Tem o seu padrinho - o Tio André -, o Tio Charlon, o Tio Filipe, o Tio Gui, o Vovô Sérgio, o Vovô Carlos Alberto e até o tio Raif. Vamos contar? São 7 meninos que cuidam e amam você!" Ela ficou toda animada! "E as meninas?", perguntou. Saímos enumerando todas as tias e avós. Feliz e contente, ela voltou a desenhar em cima do cartaz da minha peça "Aos Nossos Filhos", e copiou a letra F. "Mamãe, olha o que eu escrevi!". E eu disse, é F de filha. E ela: "Eu sou filha. F de Rosa. Filha da mãe Marta e da mãe Laula. Agora vou escrever o meu nome!" E, pela primeira vez, fez R - O - S... - "Mamãe me ajuda nesse?" - Mostrei o "A" do título da peça escrito no papel e ela completou: ROSA. A felicidade desse momento embaçou a preocupação imediatamente anterior. Estar do lado dela na primeira vez que ela escreveu o nome foi pura alegria e orgulho. Na verdade, foi esclarecedor. Foi um grito para acalmar minha insegurança. Minha filha linda, minha primeira filha, meu orgulho. A mamãe vai estar sempre aqui, tentando esclarecer, ajudar, guiar seu caminho. Tenho que cuidar para que minhas próprias inseguranças não se metam no meio e para que eu possa separar as suas questões dos meus medos e angustias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ver cada etapa do seu crescimento me acalma a alma. Muita paciência e atenção, pois não tem fórmula. Continuo tentando acertar e ajudar. Amanhã vou conversar na escola...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM5oT9oVzCcde0obTn5MyPgA62R6FpbJJDEMJHqLUVlC09D-F3_0RrV6YD3ZpmWBXu1PlLvx8rXnygdKBYAE6gXg8iSDipND4Ro8H7lo5soT2E48I8hXL_U_2d47urI0U9jYlflvn6yHQ/s1600/foto+(2).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM5oT9oVzCcde0obTn5MyPgA62R6FpbJJDEMJHqLUVlC09D-F3_0RrV6YD3ZpmWBXu1PlLvx8rXnygdKBYAE6gXg8iSDipND4Ro8H7lo5soT2E48I8hXL_U_2d47urI0U9jYlflvn6yHQ/s1600/foto+(2).JPG" height="320" width="320" /></a></div>
<br />mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-54475101344149440232013-12-27T17:31:00.000-08:002013-12-27T18:03:33.787-08:00Entendimentos de Rosa<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5vMkya6AYJKw-mlpApSbJ1Z3mO5FFL4-DbuL3Wz-6Kwq1tuZv5ACLHnGHLbMUg65C-VSUy9b0ORkcOls-vYLWDZ_1DN1p8c1JMgZft7WcBGJ7KkQIy7rTqGriWHD91TRCvHhLBVixQJA/s1600/1043906_696489243701080_1250905455_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5vMkya6AYJKw-mlpApSbJ1Z3mO5FFL4-DbuL3Wz-6Kwq1tuZv5ACLHnGHLbMUg65C-VSUy9b0ORkcOls-vYLWDZ_1DN1p8c1JMgZft7WcBGJ7KkQIy7rTqGriWHD91TRCvHhLBVixQJA/s320/1043906_696489243701080_1250905455_n.jpg" width="234" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;">A Rosa segue entre o bebê e a menina. É muito inteligente e joga bem na posição de irmã de meio. Hora é mocinha como a Clarissa, hora bebê como o José. Alguns acessórios de bebê conseguimos tirar esse ano: a fralda durante o dia e, o que parecia invencível: a chupeta! Mas no lugar da chupeta, entrou sempre um bonequinho que anda com ela para todos os cantos. O preferido: ursinho Pimpão! - o que faz dela uma espécie de bebe grande fofo e gostoso de apertar como o próprio ursinho.</span>Enquanto ainda se utiliza desse elementos de segurança próprios dos mais pequenininhos, ao contrário dos outros dois irmãos que gritam todo tempo por atenção - ela, como boa irmã do meio (pelo menos assim era minha irmã do meio) - é a mais independente de todos. Brinca sozinha, fica horas sem chamar, vê televisão, inventa histórias com seus bonequinhos. E é só em alguns momentos quando estamos a sós com ela que podemos ver as incríveis coisas que passam por essa cabecinha. Um dos meus momentos favoritos é levar a Rosa ao banheiro para fazer cocô. Coisa de mãe maluca, quem pode gostar desse programa? Mas o fato é que ela não gosta de ficar sozinha e solicita companhia de uma mãe paciente - pois o processo pode levar cerca de 40 minutos! - e aí que começam as histórias. Recentemente ela vira pra mim no banheiro e fala:</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfcD5DYd3ZW8KCvVIouxtdYINCXsmh8cj9KRfB9tP-QGVB68dZKJnP8mmSg1fV1PCSYSt33RuYu8VQdHcMl2SZwYmeQRRwys_Q3bz-JTNiolSLOwLzAAerTOKAGKk9gKmQ6Jz5ZGmbchI/s1600/1185379_732427066773964_1419649734_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfcD5DYd3ZW8KCvVIouxtdYINCXsmh8cj9KRfB9tP-QGVB68dZKJnP8mmSg1fV1PCSYSt33RuYu8VQdHcMl2SZwYmeQRRwys_Q3bz-JTNiolSLOwLzAAerTOKAGKk9gKmQ6Jz5ZGmbchI/s320/1185379_732427066773964_1419649734_n.jpg" width="320" /></span></a><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- mamãe, eu sei muito bem quem são meus irmãozinhos. É o José e a Caíssa! </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- sim, filha, são os seus irmãos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- só que eu nasci primeiro e depois nasceu o José e depois a Caíssa. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- é filha, você foi o primeiro bebê que nasceu na nossa família. A Clarissa nasceu antes, mas ela só chegou na nossa família depois. E o José foi o ultimo a nascer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- É mamãe, a Caíssa nasceu e a gente não sabia onde ela estava. A gente procurou ela em todo lugar. Atrás da cortina, embaixo do sofá, embaixo da mesa, atrás da porta...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- foi Rosa? E onde a gente achou ela? - Na casa dos amigos! E aí ela nasceu na nossa família. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Vale dizer que para explicar a fila de adoção, dizemos que decidimos ter um filhinho e avisamos na Vara para eles procurarem nosso filhinho e aí ligaram porque acharam a Clarissa... </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje, ainda a pouco, tivemos uma nova sessão banheiro. E ela disse:<br /><span style="background-color: white;">- tem um dragãozinho</span><span style="background-color: white;"> bebe que tem duas mamães. O médico foi, ajudou a fazer ele e depois ele ficou com uma coisa verde no umbigo e nasceu. </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;">- Ah é? </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;">- é. Igual eu. Eu não nasci da sua barriga. Eu tava na barriga da mãe Marta e eu chutava você. </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;">- como é isso?</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;">- você falava comigo e eu chutava na sua mão. Aí eu saí da barriga e fui pro seu colo.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- foi assim mesmo, Rosa. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- mas aí o pai do dragãozinho morreu... </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-2g9GsxhnwuelA7mgfM16Ozzsm0DWB10l1brHZ8TKAijQrXCy8Ap-7miWbl252IhkKSHbqlmFpgWM5q4Nygi_gsYpMVDuIya_5nOkowl07AtzyAi629uumhUTllnvtw3CV1UfsjkQqcQ/s1600/31432_133827506633926_1944447_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-2g9GsxhnwuelA7mgfM16Ozzsm0DWB10l1brHZ8TKAijQrXCy8Ap-7miWbl252IhkKSHbqlmFpgWM5q4Nygi_gsYpMVDuIya_5nOkowl07AtzyAi629uumhUTllnvtw3CV1UfsjkQqcQ/s320/31432_133827506633926_1944447_n.jpg" width="320" /></span></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acabou e eu limpei ela e fomos para o quarto. Tem um mês que ela nos pergunta se o pai dela morreu... Já dissemos que não, que ela não tem pai, ou pelo menos não tem um que faça parte da nossa família, que tem um moço legal que deu uma sementinha e que assim, e com a ajuda de um médico, ela foi parar na barriga da mãe Marta e nasceu. E ela viu uma foto do nascimento com o cordão umbilical e por isso a coisa verde no umbigo do dragãozinho... rs<br />Mas acho que ela está precisando usar a morte para falar da ausência. Não no sentido de falta, mas nomeando o que não há. Enfim, vamos acompanhando mais essa etapa de seu entendimento nas idas ao toillet.<br />O melhor dessas histórias é a mistura do sonho e da realidade, do dragãozinho e da Rosa, da duvida às soluções puramente inventadas.<br />A Clarissa, também nos seus entendimentos, andou questionando o período de aproximação (quando visitávamos, mas ainda não podíamos levá-la para casa...). Ela lembrou algumas situações assim e tivemos a maior dificuldade de explicar. Acabou que ela só se acalmou quando falamos que foi um momento difícil para nós também. Ela disse que chorava e a gente contou que chorava também. Isso deu a ela um certo alento. A Rosa faz parte dessas conversas muitas vezes. Um desses dias, a Clarissa falou:<br />- lembra que eu tava na casa dos amigos e vocês foram embora e eu chorei?<br />E a Marta:<br />- lembro filha. E a gente também ficou muito triste.<br />Rosa: a mamãe Marta chorou, a mamãe Laula chorou, eu chorei e o José também chorou muito!<br />Marta: mas agora a gente ta juntinho e ninguém precisa mais chorar.<br />Rosa: É. E mamãe, você lembra que eu fui para casa do meu namorado, aquele que cozinha, e você chorou, a mãe Laula chorou, a Caíssa chorou, o José chorou e aí eu voltei pra nossa casa?<br />- lembro disso não, minha filha!<br />E assim seguimos explicando o mundo.</span></div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-63271619206861909712013-12-26T17:11:00.001-08:002013-12-26T17:11:27.404-08:00Vida de Viajante <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adoraria escrever mais no blog,
mas acaba que se tornou um espaço para alguns balanços da vida em família no
lugar de dividir eventos, dúvidas e fofurices cotidianas (que são muitas!) – mas para isso acabo usando o facebook. Hoje
retomei o blog porque estava refletindo sobre o ano que passou. Definitivamente nos
habituamos a ser mães de três – nós nos habituamos, os seres a nossa volta as
vezes entram em desespero quando nos chamam para almoçar e nós levamos a tropa
toda... Lê-se muitas vezes nos rostos: mas não tinha ninguém para ficar com
eles?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYD-2JzsZM3DeCuEy2Ad7iib2YE-SstZoPfDJFOv8y8Dn5KCE63irniYRQl-RauiYkxoAqq-hxI3TtXjOzBij3BQc1HQH9SZJitZSf098lTjKptWKBJX2KUiyQlzt1-ivWOjKT0FnobZk/s1600/032.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYD-2JzsZM3DeCuEy2Ad7iib2YE-SstZoPfDJFOv8y8Dn5KCE63irniYRQl-RauiYkxoAqq-hxI3TtXjOzBij3BQc1HQH9SZJitZSf098lTjKptWKBJX2KUiyQlzt1-ivWOjKT0FnobZk/s320/032.JPG" width="239" /></a>Esse ano fizemos a opção de leva-los
mesmo a todo o canto. Como estávamos em turnê com nossos espetáculos, foram
conosco para Brasília, Espanha, Portugal, São Paulo, Porto Alegre,
Florianópolis, Michigan, Nova York e Brasília novamente....! Se soltar qualquer
um deles no aeroporto, eles fazem o <i>check in</i> sozinhos! Rs Haja avião, restaurante,
hotel... (gente olhando torto...) e com isso eles não começaram a natação, nem
a aulinha de musicalização que eu tanto queria. Eles aprendem outras coisas,
claro. Gostam de música, artes plásticas, teatro, apreciam paisagens – a Clarissa,
mesmo quando voltamos para o Rio, quando vê algo bonito fala: vamos parar pra
ver mamãe? Não quer bater uma foto? - E, principalmente, ficamos todos juntos e esse sempre foi o principal objetivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por um lado, foi uma delícia essa nossa vida de viajante.
Delícia mesmo, pois apesar da maioria achar impossível viajar e trabalhar com 3
crianças fizemos disso a rotina da nossa família e é sempre muito gostoso. As
crianças se animam com as viagens (e se comportam, na medida do possível), adoram frequentar as
coxias e sair para ver lugares novos. Nos especializamos em descobrir os museus
para crianças e agora querem ir a museu todo final de semana... Mas as meninas já
sentiram que esse ano perderam a apresentação de final de ano da escola...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vida com os espetáculos não
é fácil. As vezes estamos muito bem, mas outras vezes estamos estressadas
demais, cansadas demais e eles veem tudo isso muito de perto. Fico me questionando
se não deveria priorizar a rotina deles, o universo deles no lugar deles se
adaptarem ao nosso... Nossa vida sempre
foi cheia de variáveis, épocas cheias de trabalho e épocas de plantar e, com as
crianças, eu buscava aproveitar as vacas magras para ficar mais presente e as
gordas para dar mais conforto, mas hoje me pergunto se eles não precisam mesmo de
mais estabilidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quer dizer, 3 filhos é muita
responsabilidade (x3 e ao cubo) e minha vida de artista é mambembe. Eles seguem
como uma mini trupe de circo e ok, são filhos de artista de teatro, fazer o que?
Mas confesso que hoje estou morrendo de medo. Quanto mais eles crescem mais
medo eu tenho. O bebê mama no peito e pronto, mas a cada dia meus filhos apresentam mais
necessidades que estão fora de nós, do nosso corpo...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe5Nvx6PdfhZlpSqxIazqFwM8kXbTlzkS7Wagz1EdIo6sUdcBRhp4GcmjUYN4xdTw9rkNzkqbsv6-s2rvetqoRiYmpuF92AqIwIDur0xNSmfL_wei7HhWFLu7z1g3ZagAFDrF45S3Yceg/s1600/070.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe5Nvx6PdfhZlpSqxIazqFwM8kXbTlzkS7Wagz1EdIo6sUdcBRhp4GcmjUYN4xdTw9rkNzkqbsv6-s2rvetqoRiYmpuF92AqIwIDur0xNSmfL_wei7HhWFLu7z1g3ZagAFDrF45S3Yceg/s320/070.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só espero saber continuar
conciliando e tendo sabedoria para prover as necessidades dos meus três pequenos
cada dia mais cheios de individualidades e demandas próprias. Que em 2014 eu ache
um equilíbrio entre a minha profissão e a maternidade, entre risco e segurança,
entre estar junto e deixar ir.<o:p></o:p></div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-75488811965349552892013-07-01T19:50:00.001-07:002013-07-01T20:32:43.173-07:00Uma Boia Ideia<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwP-DyBnLNQ0LvrpLLybo6j6SjkP46OuYkkOfYoI72v_KZmZX_cK0RBtusDz2chs6Da264-FlgqPVQt2AG5qyF3EMhsfbvkqM8BAzvNagl4et8vPhY7MZ9Pl3Pdj48zfok93yqIhxc2lQ/s534/067.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwP-DyBnLNQ0LvrpLLybo6j6SjkP46OuYkkOfYoI72v_KZmZX_cK0RBtusDz2chs6Da264-FlgqPVQt2AG5qyF3EMhsfbvkqM8BAzvNagl4et8vPhY7MZ9Pl3Pdj48zfok93yqIhxc2lQ/s320/067.JPG" width="239" /></a></div>
Semana passada a Clarissa virou pra gente e falou: "Mamãe, tenho uma boia ideia" e, antes que ela continuasse, a Marta corrigiu BOA ideia filha - a Marta está, com razão, bastante preocupada com as dificuldades de fala da Clarissa, afinal, ela já fez 4 anos e a grande maioria dos seus amiguinhos já fala perfeitamente. Muito bem, ela começou de novo: "Mamãe, tenho uma boua ideia!" E eu respondi: "Sim filha, o que é?" "Você era mamãe da Caíssa, quando a Caíssa era píquinininha!". Gelei por dentro. Tudo que eu consegui responder foi, é sim filha, era uma boa ideia.<br />
Passou uma semana sem falarmos nisso e hoje estávamos mexendo nas fotos das crianças para colocar o registro do aniversário no álbum de cada um. Aliás, a festança do aniversário dos 3 foi fantástica, mais de 100 pessoas aqui em casa (ufa!) e os pequenos não podiam ter ficado mais radiantes. Enfim, estamos ainda desfrutando da festa, alguns brinquedos ainda falta abrir, parte da decoração (como os desenhos das meninas nas paredes) ainda estão pela casa e agora estávamos, finalmente, fazendo o álbum de fotos. Mas nessa de mexer nos álbuns, surgiu uma foto da Marta com a Rosa bebê no colo. Temos fotos da Rosa bebê pela casa, no meu colo e no colo da Marta e colocamos uma da Clarissa bebê também, pois demos a sorte do abrigo ter nos dado algumas fotos antigas dela. Ela sabe que não estava conosco nessa época, mas gosta de ver a foto. O que nos supreendeu foi que, dessa vez, vendo a foto da Marta com a Rosa, ela falou: "Eu quéo uma foto da Caíssa pequenininha no colo da mãe Marta!". Doeu o coração. Falei: "Você é pequenininha, filha. E você tá no colo da mãe Marta!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Eu aqui enrolando e filosofando e a Marta acaba de chegar no quarto (ela estava fazendo a Clarissa dormir que, por conta do episódio, estava bem agitada...) e me disse: "Eu falei com ela." A gente sempre valorizou a história dela, a casa dos amigos, de onde ela veio, mas nunca tínhamos falado a palavra adoção, já dissemos que ela veio de outra barriga, que não era das mamães, mas tudo sempre de forma muito lúdica e eu e Marta concordávamos que ela andava pedindo uma explicação mais concreta. Pois bem, a Marta me disse que ela falou: "Você vai cuidar da Caíssa bebê!" E Marta respondeu: "Você tá agitada porque você viu uma foto da Rosa bebê no colo da mãe Marta, né filha? Acontece que não tem uma foto sua bebê no colo das mamães, e sabe porque? Porque a gente só se conheceu depois, porque você foi adotada. E sabe o que quer dizer ser adotada? Quer dizer que a gente escolheu ser sua mãe e que você escolheu ser nossa filha. E que, agora, a gente vai ficar junta pra sempre." Ela abraçou a Marta e dormiu. Ainda bem que a Marta existe e pôde falar com ela com tanta facilidade. É certamente o melhor, sem drama.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpFz-2743Fc5eItZ-5cgUVPmmy8sdjqWJO7eUlFqr-PH3RcGAkCA98-vq8Jl4fw_3FHhX6gfV3c-qPsmndl_26Cy7gTSXpI53lE663OwO7n23PuGnygH12TLv5bKb-2fWrv1Gxx3kvSu0/s1600/304.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpFz-2743Fc5eItZ-5cgUVPmmy8sdjqWJO7eUlFqr-PH3RcGAkCA98-vq8Jl4fw_3FHhX6gfV3c-qPsmndl_26Cy7gTSXpI53lE663OwO7n23PuGnygH12TLv5bKb-2fWrv1Gxx3kvSu0/s320/304.JPG" width="239" /></a>Mas a verdade é que eu queria ter visto o que eu não vi... é uma dor não ter podido estar lá para ela desde o primeiro minuto, evitar que ela sofresse tanta coisa... Mas posto que eu não posso, ela vai sendo pequenininha com a gente todos os dias e nos deixa entrar também no seu passado a medida que nossso conhecimento é cada dia mais profundo.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
No dia mesmo do aniversário dela, 29 de maio, fizemos um bolinho aqui em casa só pra ela. Tínhamos imprimido umas fotos dos 3 em várias fases para um mural que fizemos na "super festa da Rosa, do José e da Clarissa!", inclusive algumas fotos dela bebê... Na hora do parabéns, pronta para soprar a velinha, a Clarissa pegou uma foto dela bebê colocou na frente do corpo e gritou: "Gente, gente! Olha a Caíssa pequenininha!". Fotografamos. Ela e a foto. Desse jeito, ela se apresentou bebezinha para toda família que aqui estava. E ganhou muito colo!</div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-42379424238314808722013-04-02T19:37:00.003-07:002013-04-02T20:16:59.768-07:00Uma Nova Rotina<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Bom, depois de quase 7 meses volto a escrever... Novamente
com a promessa de tornar essa escrita algo mais regular, postar as gracinhas e
apreensões do dia-a-dia, mas já adianto que não sei se vou conseguir. Três filhos
dá muuuuito trabalho. Uma espécie de loucura com a qual, ouso dizer, já estamos
nos acostumando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Resolvi escrever hoje, pois passou o maior turbilhão de
trabalho - nos últimos meses escrevi e encenei duas temporadas da peça “Aos Nossos Filhos” que,
claro, foi feita para os meus filhos. Em maio retornaremos
e estou achando que abril vai ser lindo, que o tempo vai dar para tudo. Vamos
ver... </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSWDCol_233rj00oAPuXT02NWJwDJkF4aosN0uYL9FWedq8vKPno_VeLKFfUmyRgIj1f62SenGWRV-cJKcGIZufzxrRXowKpILQv_bzy7HP0VV_aFn4tXpVri5Fq-tJXpRANSXt_7IzRw/s1600/201.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"></span></a><br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSWDCol_233rj00oAPuXT02NWJwDJkF4aosN0uYL9FWedq8vKPno_VeLKFfUmyRgIj1f62SenGWRV-cJKcGIZufzxrRXowKpILQv_bzy7HP0VV_aFn4tXpVri5Fq-tJXpRANSXt_7IzRw/s1600/201.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSWDCol_233rj00oAPuXT02NWJwDJkF4aosN0uYL9FWedq8vKPno_VeLKFfUmyRgIj1f62SenGWRV-cJKcGIZufzxrRXowKpILQv_bzy7HP0VV_aFn4tXpVri5Fq-tJXpRANSXt_7IzRw/s400/201.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Estou feliz da vida que passarei as noites com os pequenos.
No segundo semestre do ano passado estava escrevendo, mas a prioridade de tempo
era deles. Esse ano, com os ensaios e temporadas, tive que passar muito mais
tempo longe... E a saudade? E a culpa? E o alívio...? Trabalhar fora e criar
filhos é um desafio clichê, mas um desafio pra lá de real. Em uma dessas
saídas, a Rosa virou para a gente e disse: “fica mamãe, eu sou o amor da sua
vida! O maior do mundo!” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ai...! Arrumar
esquema para três não é nada simples. Exigiu creche, babysiter, a Marta se
desdobrando para ficar em casa o mais possível e ainda tios e avós disponíveis
(obrigada a todos!). Acho que sobrevivemos. Algum estresse, alguma sobrecarga,
mas também a sensação de que retomamos a vida, agora como mães, mas que no fim,
tudo se ajeita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Com esse respiro me dei conta que passou um ano desde que
conhecemos a Clarissa... Na páscoa passada a visitamos na instituição pela
primeira vez e demos um ovo. E ela lembrou! Fomos com minha irmã comprar um
coelhinho para as meninas e ela viu um Ovo de Páscoa. Virou para mim e disse: “olha
mamãe, você e mãe Marta deu esse pá Caíssa na casa dos amigos”. Casa dos amigos
é como chamamos a instituição de onde ela veio, nas não muitas vezes que
falamos no assunto... Meu olho encheu de água dela lembrar esse momento.</span></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBddQvcIkdFUA9dLGcEYl-lV8EuV2d10cvYNe0UK9LGCaKKF8fBenMYF70cXuwXHRnvptuuqBtPMDlaaLzVkLgyjyHdhqzeAX62L6MT6Zk7nIrEK2ibotBp2LmJitKrxR3qlFMrTc_WU/s1600/083.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBddQvcIkdFUA9dLGcEYl-lV8EuV2d10cvYNe0UK9LGCaKKF8fBenMYF70cXuwXHRnvptuuqBtPMDlaaLzVkLgyjyHdhqzeAX62L6MT6Zk7nIrEK2ibotBp2LmJitKrxR3qlFMrTc_WU/s320/083.JPG" width="240" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8VrMVF7RKRnTvmGKKgN-1WwJftHX4LEdxRpv-okUn8hIEJkEcwDIjRCCtHLH2GymgoVXigz998blLYm5NuzzJZXaze8Ws1QkJLsZuyoet-he0fyah9grXFTGhQIC2uhuOhLug45WtxXA/s1600/388.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8VrMVF7RKRnTvmGKKgN-1WwJftHX4LEdxRpv-okUn8hIEJkEcwDIjRCCtHLH2GymgoVXigz998blLYm5NuzzJZXaze8Ws1QkJLsZuyoet-he0fyah9grXFTGhQIC2uhuOhLug45WtxXA/s320/388.JPG" width="239" /></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8VrMVF7RKRnTvmGKKgN-1WwJftHX4LEdxRpv-okUn8hIEJkEcwDIjRCCtHLH2GymgoVXigz998blLYm5NuzzJZXaze8Ws1QkJLsZuyoet-he0fyah9grXFTGhQIC2uhuOhLug45WtxXA/s1600/388.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8VrMVF7RKRnTvmGKKgN-1WwJftHX4LEdxRpv-okUn8hIEJkEcwDIjRCCtHLH2GymgoVXigz998blLYm5NuzzJZXaze8Ws1QkJLsZuyoet-he0fyah9grXFTGhQIC2uhuOhLug45WtxXA/s1600/388.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<div style="text-align: left;" unselectable="on">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No mais, acho que agora posso dizer que estamos todos
adaptados. A Rosa está feliz e falante como sempre. Vencendo o desafio do
desfraldamento (finalmente e após bastante dificuldade). O José cresce a olhos
vistos e já tem 4 dentes! A Clarissa cada dia mais princesa, ela é toda
menininha... Aliás Rosa e Clarissa tem personalidades bem diferentes. Cacá
gosta de vestidos rodados, cor de rosa, princesas... A Rosa é palhacinha, gosta
de ficar pelada, correr, fazer graça. É tão lindo reparar as personalidades de
serzinhos tão pequeninos. Nosso menino ama as irmãs e já interage bastante com
elas. Rouba a chupeta da Rosa e coloca na própria boca (apesar dele não usar
chupeta) os dois morrem de rir dessa brincadeira. Implica com a Clarissa
puxando o vestido dela que diz: “mamãe olha o José vai amassar meu vestido...”.
E ele morre de rir.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCJIRylgzcrYVqcuiUkW4Lq5N8i1JKgwtJCGG__DMa1i5fzpuQxAOL8woj5wykELHxUR5ixI2eCZeVhKmqaLbBfR4L6PUwMY2x8Qva5NyCZcADz21YM5yG4LgjjJMI1MehIKoauCK0tWA/s1600/rosa+e+jose.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCJIRylgzcrYVqcuiUkW4Lq5N8i1JKgwtJCGG__DMa1i5fzpuQxAOL8woj5wykELHxUR5ixI2eCZeVhKmqaLbBfR4L6PUwMY2x8Qva5NyCZcADz21YM5yG4LgjjJMI1MehIKoauCK0tWA/s320/rosa+e+jose.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Bom, se eu for ficar falando nas crianças esse post vai ser
infinito... Em breve os aniversários chegarão: 4 anos de Clarissa, 3 da Rosa e
1 do José! Entre maio e junho tem festa. Eu logo conto as novidades!</span></div>
<br />
<div align="center">
</div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-1700897987446155502012-09-03T06:24:00.000-07:002012-09-03T11:38:45.429-07:00Deu tudo certo! E agora?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pois então, o blog já mudou de nome. Rosa, José
e...Clarissa! Chegou, antes do esperado, mais uma princesa, mais um presente na
nossa vida. Hoje faz um mês que ela está conosco. Desde que ela chegou que
planejo escrever sobre esse momento, mas o intensivão de cuidados com os três
não tem dado trégua para a escrita.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAmb48A8YlBWLcYQqTv-x30M0a8LOxXsd6JE2p0BARKU7nN9GHI5z0ghlIfOkWkI_y7y61UWARo7YhbLn1p92Kvpx-ON0i-_vi-StlgbUVZguN85oH8rOU01Urvsa1MPAztpMNZToF2zg/s1600/069.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAmb48A8YlBWLcYQqTv-x30M0a8LOxXsd6JE2p0BARKU7nN9GHI5z0ghlIfOkWkI_y7y61UWARo7YhbLn1p92Kvpx-ON0i-_vi-StlgbUVZguN85oH8rOU01Urvsa1MPAztpMNZToF2zg/s320/069.JPG" width="320" /></a></div>
Para os que acompanham, conto aqui, rapidamente, um
pouquinho do processo. Sim, sim, ela é a mesma criança do post “Casa Grande,
Família maior ainda”. Na época ponderamos que não poderíamos adotar, mas nosso
coração não se aquietou com essa decisão e, de impulso, fomos procurá-la.
Visitei a instituição e ela estava logo na porta. Deitada no chão, segurando os
pezinhos... eu só conseguia chorar. Não
avisei aos que me guiavam que tinha intenção de adotar, até porque era tudo
novo, difícil e incerto e fiquei parecendo uma louca chorando copiosamente. Na
saída, ela me deu um tchauzinho discreto. Com o José já grande na barriga e a
Rosa no braço, dar o passo do terceiro filho era algo delicado, além disso, uma
adoção “tardia”, como chamam adoções de crianças que não são mais bebês, não é
um processo simples nem rápido. Então fomos devagar, passo a passo, visitando,
nos conhecendo, trocando olhares e abraços, cumprindo os processos burocráticos,
enfim, gestando, até ela poder estar definitivamente conosco.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando decidimos ter filhos, abrimos as três frentes: nos
habilitamos para adoção e eu e Marta tentamos engravidar e eis que todos os
filhos chegaram, meio tudo junto, meio de susto e somos agora uma grande
família. Como disse uma amiga minha, mãe também de 3 filhos, um gerado por ela
e os outros dois gêmeos, gerados por sua companheira: a gente tenta, tenta, depois
dá tudo certo e de uma hora para outra de 2 viramos 5!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda estou me habituando a esta nova realidade, dedicando
meu tempo e minha alma em conhecer cada detalhe da Clarissa, passar segurança
para a Rosa de que ela não está perdendo com tantas mudanças e aninhar o José
como ele precisa. O resto, fica para depois.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que Mistérios tem Clarissa</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NU0Xj9IBa_o-CZxXsjL3OY5qqA05jERSd8iAEQz-FmLLn0gfFiLUhD8NMOO96z_icCm4EWp_Iv7PI-2FABl9Zt0gtzbtXbsev6sIik-oCAJvoqA1AYuJ71ax9eHbwJsr-y3lEC3Cn6I/s1600/IMG_2309.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NU0Xj9IBa_o-CZxXsjL3OY5qqA05jERSd8iAEQz-FmLLn0gfFiLUhD8NMOO96z_icCm4EWp_Iv7PI-2FABl9Zt0gtzbtXbsev6sIik-oCAJvoqA1AYuJ71ax9eHbwJsr-y3lEC3Cn6I/s320/IMG_2309.JPG" width="213" /></a></div>
Assisti no último final de semana a peça “Agua Viva”, de
minha amiga Sarah Cintra, sobre a obra de Clarice Lispector. Ela fala sobre a
possibilidade de se viver o momento, de se ser alegre. Filhos são grandes
alarmes do tempo que passa, da rapidez com que eles crescem, das preocupações
com o futuro... Mas nada como eles para se viver o momento e ter vários
instantes, não de alegria, mas de felicidade. A maternidade da Clarissa está se
fazendo assim, de instantes de mistério e descobertas. Muitas vezes nesse mês
andamos quase apavoradas sem saber como agir, como falar com ela. Às vezes,
bastava pegar ela no colo para tirar do banho que se seguia um choro copioso...
de susto, de medo, de manha...? Não tenho a menor ideia. O dia a dia é por vezes difícil e desgastante
e as descobertas e os encontros vão se fazendo aos poucos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Toda noite fazemos ela e Rosa dormir. A Rosa está acostumada
a receber carinhos nas costas. A Clarissa falava claramente: “cainho não”.
Então só sentávamos ao seu lado. Até que a uns 15 dias ela me deixou fazer carinho
e, para minha surpresa, começou a me fazer carinho de volta. Não era uma ação
de rotina, não era como imaginamos receber um cafuné, era uma troca de afeto
única e nova. Nesse momento, todo o medo, as inseguranças e dificuldades vão
embora e se é simplesmente feliz. Uma felicidade inexplicável, que te faz
plena, que me faz mãe.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Pra quem cuida bem da Rosa (pra quem sabe cultivar)”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirNy__cgDCMcYkdnAUvbzbjJ7wLig1SaieSIQVd_zdL0tfQ4UVBV41g8FMcrP7C-9tH11QjUn9rCdmajSsQCgfXVQTsHlGqr9HTHVzJI_bYTfwe9BGFjq_1hF8QtWzRst-V81OYHlIQ1c/s1600/047.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirNy__cgDCMcYkdnAUvbzbjJ7wLig1SaieSIQVd_zdL0tfQ4UVBV41g8FMcrP7C-9tH11QjUn9rCdmajSsQCgfXVQTsHlGqr9HTHVzJI_bYTfwe9BGFjq_1hF8QtWzRst-V81OYHlIQ1c/s320/047.JPG" width="320" /></a></div>
Eu estava muito preocupada com a Rosa, afinal, de filha
única, virou irmã do meio... temos observado ela muito e digo que, muitas vezes
é ela quem me ajuda. Ela é muito carinhosa com o José. Enche a boca para dizer “meu
irmão!”. Quando ela quer mais atenção, ela pede. A Rosa é muito verbal e
expressa bem suas necessidades. “Eu quelo colo também”. “Agora blinca comigo um
pouquinho?”. Com a chegada da Clarissa, primeiro ela ficou eufórica com as
visitas de uma amiguinha. Quando a cama da Clarissa chegou, ela entendeu que a
amiguinha veio para ficar e teve uns dias mais difíceis, mas sempre conversando
com a gente: “Eu to chateada, mãe Laula!”. “Com o que, filha?” “Tô chateada com
a Caissa!”. Dando assim a chance da gente explicar e trabalhar o sentimento
dela. Claro que quando ela disse isso partiu nosso coração. Nessa mesma semana
a Clarissa precisou voltar para o abrigo. Ela ficou 4 dias antes de vir para
casa de vez. Foram dias tensos. Até que a Rosa pega um livrinho, “livro da
família”, com uma ilustração de uma mãe e duas filhas e disse: “mãe Laula, Osa e
Caissa! É a nossa famiia!” Posso com isso? Eu indo e ela voltando desse jeito?
Um mês passado e elas brincam e brigam como as irmãs que são.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Rosa me enche de orgulho todos os dias e cada dia mais.
Amo muito meus 3 filhos, mas cada um é diferente. A Rosa foi meu maior
arrebatamento. Minha primeira filha que significou tantas coisas, tantas
superações, me fez mãe e me mostrou que eu podia ter uma família. Foi ela
também que possibilitou os irmãos. Como ela está bem, inteligente, segura, nos
deu confiança para ter o segundo e o terceiro... pode ser que seja só dela
mesmo, mas nos dá a impressão de que estamos fazendo um bom trabalho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“E agora, José?”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr7klgZ9AzwECYdPLt8A3xW1v9RV6gx0tqUA8Jrq0lKOOMi6k5S9hBW_yWXNflIPvLdwgqI30XRahZDkxcZ6gZc_G8f_pGvc_oQf3ma2dxekDJ4TVQo37zaHdUyfKT8SsiIRtFRbLBO4s/s1600/IMG_2173.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr7klgZ9AzwECYdPLt8A3xW1v9RV6gx0tqUA8Jrq0lKOOMi6k5S9hBW_yWXNflIPvLdwgqI30XRahZDkxcZ6gZc_G8f_pGvc_oQf3ma2dxekDJ4TVQo37zaHdUyfKT8SsiIRtFRbLBO4s/s320/IMG_2173.JPG" width="213" /></a></div>
Pois é, menino. Muita coisa acontecendo e você tão
pequenininho... O José desde que nasceu, primeiro dia de vida, que é avesso a
berços. Na maternidade só dormiu quando colocamos ele na nossa cama. Na
primeira noite dormiu do meu lado e na segunda do lado da Marta. É também
avesso a carrinho, bebê conforto, chupeta... o que ele gosta? Colo e peito. A Marta
diz que foi o jeito dele de garantir a atenção. Eu acho que foi o nosso acordo
com ele de se dispor a ser exatamente o que ele precisa nesse momento. Não
estamos educando ele a ser independente desde cedíssimo para estarmos o máximo
possível com ele. Ele é filhote, no sentido categórico da palavra. Ele nem
percebe que saiu da barriga, que não é um pedaço da mãe. Então, ele é pedaço.
Andamos, eu e Marta, com ele amarrado no colo, muitas vezes no sling (para
liberar as mãos para as meninas), mas ele fica ali, sentindo nosso calor, ouvindo
as batidas do nosso coração. Depois descobri que tem uma linha de pediatria
norte americana que defende esse tipo de cuidado com o bebê, que o problema é
que isso seria sacrificioso para os pais... No nosso caso, foi natural. Foi a
melhor maneira de acomodar os três. Cuidamos e educamos as meninas e com o José
agimos quase por instinto. E nada melhor que o instinto no que se refere a
parto, amamentação e bebezinhos...</div>
mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-32049032312712662002012-07-05T17:33:00.000-07:002012-07-05T17:33:53.830-07:00AmamentarFaz muito tempo que não escrevo aqui. Na verdade porque desde a postagem de fevereiro sobre a questão da adoção que minha gestação voltou a ser uma "gestação gemelar", mas ainda não era e ainda não é a hora de falar sobre isso online. Em breve farei um post nesse assunto.<br />
Para quem não sabe, nosso José nasceu dia 20 de maio, 12:40, com 3,775kg, 50 cm e muita saúde! Hoje ele completou 45 dias e resolvi escrever sobre a dupla amamentação. Na gravidez da Rosa decidi que queria muito amamentar e, para isso, comecei a estimular o seio quando a Marta estava com 7 meses de gestação. Quando completamos 38 semanas, eu já tinha colostro e 5 dias depois a Rosa nascer, o leite desceu. Sempre em pouca quantidade, mas veio. Para mim foi muito gratificante, emocionante, mágico, amamentar a Rosa. Principalmente para poder tê-la no meu colo, com esse contato tão íntimo que une uma mãe e seu recém nascido. Em pouco tempo, no entanto, tivemos que fazer alguns novos arranjos: meu leite era pouco, a Rosa preferia o seio da Marta e, mesmo ela, começou a ter menos leite, justamente poque revesava a amamentação (é a sucção que estimula o leite...). Ela não ganhou peso no primeiro mês... Diante disso, foi necessário incluir um complemento com fórmula que dávamos também no peito no sistema de relactação (com sondinha no bico do peito) para que ela não desistisse de mamar. Com 5 meses e a introdução de novos alimentos, Rosa largou o seio espontaneamente - para nossa tristeza. <br />
Com o José decidimos fazer um pouco diferente para ver se garantíamos a amamentação exclusiva e que ele mamasse por mais tempo. A Marta estimulou o seio no final da gravidez e, em muito pouco tempo, tinha leite, antes mesmo do José nascer. Quando ele nasceu, mamou em nós duas, mas decidimos que até o leite descer e a amamentação se regularizar, ele ficaria mais no meu peito para que garantíssemos o ganho de peso no primeiro mês. A Marta continuou dando o peito uma vez por dia, meu leite desceu em grande quantidade (nenhuma roupa cabe mais no peito...) e o José mama muito bem e engordou bem no primeiro mês. Claro que a quantidade de leite da Marta diminuiu substancialmente e isso nos causou certa tristeza, pois ficamos com medo dele parar de mamar com ela... Acontece que nosso filho é um dengo que ama carinho de mãe. Até hoje, nosso menino não pegou chupeta e, como todo neném, gosta de sugar o tempo todo... e também não chupa dedo... o que ele faz? Usa as mães! Agora mesmo, eu dei de mamar, ele encheu a barriguinha, golfou e pediu mais. Foi direto para o peito da mamãe Marta, onde agora está dormindo feito um anjinho dando folga para a mãe Laura ficar no computador.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJYh9tq3rzlU3TrOpmwQNhYNkYLCZ6KbdceHTKDnc3syEiO53Lt4t_F7xxW-l7Hic6k8JeTDmoBYNr0j6xka6dfIFYpNjdmCoMhPtRd1l24ljUKqLFHyprnIBx_8trJwZw33G2TurBTdU/s1600/037.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJYh9tq3rzlU3TrOpmwQNhYNkYLCZ6KbdceHTKDnc3syEiO53Lt4t_F7xxW-l7Hic6k8JeTDmoBYNr0j6xka6dfIFYpNjdmCoMhPtRd1l24ljUKqLFHyprnIBx_8trJwZw33G2TurBTdU/s320/037.JPG" width="238" /></a></div>
Fico sempre emocionada de ver o José mamando com a Marta, de ver os dois nessa sintonia tão sublime. Agradeço muito poder compartilhar a maternidade dessa forma.mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-49005301655981089672012-02-25T05:35:00.000-08:002012-02-25T05:41:28.590-08:00De Onde eu Vim<br />
Fiz essa poesia faz algum tempo, pensando em transformar em um livrinho para a Rosa e agora, certamente para o José. A irmã da Marta está fazendo as ilustrações do livrinho e meu irmão fez o quadrinho abaixo. Estou vivendo uma troca muito interessante com outras mães em situação semelhante a nossa e achei legal dividir esse texto também aqui:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYpTFA9xJC6XJAeow7rQzMmFLEWbS_UYBdrQVprtjoiaCY2oBuBoG7xksNSuaPq_oGrWo2QLgbajcCLtaNuVSQO0Wjv7AaFEdVMceBZBQwVMOHhm2v142EsUk5DkzCes0kT3RGfCBbzg4/s1600/Screen+shot+2012-01-15+at+10.06.07+PM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYpTFA9xJC6XJAeow7rQzMmFLEWbS_UYBdrQVprtjoiaCY2oBuBoG7xksNSuaPq_oGrWo2QLgbajcCLtaNuVSQO0Wjv7AaFEdVMceBZBQwVMOHhm2v142EsUk5DkzCes0kT3RGfCBbzg4/s400/Screen+shot+2012-01-15+at+10.06.07+PM.png" width="345" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11px; line-height: 14px;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Era uma vez duas mamães que queriam muito um filho</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Elas sonhavam com ele todos os dias</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">E um dia, elas sabiam, ele viria</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">As mamães procuraram seu neném</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Em todas as nuvens</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Em todas as estrelas</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">E em todos os seus sonhos também</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">E lá encontraram</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Primeiro buscaram um doador</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Que deu a sementinha que faltava</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Depois chamaram um médico</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Que ajudou no que precisava</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Misturando a sementinha na barriga de uma das mamães</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Com um bocado de amor</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Um tanto de carinho</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">E uma pitada de esperança</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Lá estava uma criança</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">A barriguinha foi crescendo e o amor das mamães também</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Arrumaram quarto</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Roupa e brinquedo</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Jogaram fora medo e segredo</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Tudo pro neném!</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Até que um dia</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">O dia mais bonito de todos os dias</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">O neném nasceu</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Cercado de amor e carinho</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Um outro dia ele cresceu</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">E quando fazia das suas</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Essa criança, sempre linda, dizia,</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Mães, eu tenho duas!!</span>mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-91445634073794447892012-02-09T09:05:00.000-08:002012-02-09T16:58:51.183-08:00Casa grande, família maior ainda...<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Essa postagem era para ser apenas sobre a nossa nova casa, mas eventos dessa semana me fazem falar sobre todo nosso sonho de família.<br />
Bom, primeiro a casa. Até março vamos nos mudar para Santa Tereza. A casa é do meu pai: casa dos sonhos, construída depois de uma vida de trabalho, com piscina, área para jardim, garagem, quarto para todos os filhos e os futuros netos. Mas, pelo menos até o momento, o papai não pôde morar ali tanto quanto gostaria. Mudança de emprego para Porto Alegre, depois São Paulo e sem previsão para voltar para a charmosa Santa Tereza... Quando engravidamos de gêmeos, ficamos preocupadas em não caber no nosso apartamento e surgiu o delicioso convite de ocuparmos a casa de Santa. Um mês depois, descobrimos que apenas um embrião havia se desenvolvido, ou seja, teríamos mais um filhote e não mais dois, mas, conversando todos, achamos que a Rosa e o José teriam uma excelente qualidade de vida na casa e, afinal, já que a casa era para filhos e futuros netos, pelo menos esses estariam aproveitando - e bem! Passamos o primeiro dia na casa esse sábado e a Rosa se esbaldou na piscina!</div>
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir6bUtI2ieeV50__LSd8oZ1_BV3SYatPgvpeICMCdslW4c1_oTb5xGjYGhz3gNwy7LlAQ9agff1JSFLq1Z350VvNssvR5i_zxjXTV-qLeBOTE8Eyy4bDWoUEx5p7jJJZqPJosw6kvETXc/s1600/SV401463.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" sda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir6bUtI2ieeV50__LSd8oZ1_BV3SYatPgvpeICMCdslW4c1_oTb5xGjYGhz3gNwy7LlAQ9agff1JSFLq1Z350VvNssvR5i_zxjXTV-qLeBOTE8Eyy4bDWoUEx5p7jJJZqPJosw6kvETXc/s320/SV401463.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Mas chegou segunda feira e recebemos um telefonema que mudou o caminho desse post e das nossas emoções. Quando pensamos em ter filhos, a primeira idéia era adotar. Fomos na Vara da Infância e abrimos um processo de habilitação para adoção no final de 2008. A partir daí, esperamos. Seis meses se passaram e nada, nenhum contato. Até que decidimos descobrir o processo de inseminação e afins. Tínhamos ido duas vezes ao médico quando ligaram da Vara chamando para um grupo que se encontraria todas as quartas e representava o início do processo da habilitação. Como adotar uma criança faz parte dos planos da nossa vida, fomos ao grupo. Enquanto isso, iniciamos o tratamento com o médico. Resumindo, houve um momento em que eu e Marta estávamos em processo para engravidar e ainda frequentávamos o grupo de adoção - Isso é que é querer um filho! Nessa época escrevi uma carta para os filhos que resultassem desse processo. Transcrevo um pedaço abaixo, pois são muitas páginas...:</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br />
"Meus futuros filhos,<br />
Pois é, eu e sua mãe Marta, tomamos o que deve ser a principal decisão das nossas vidas. Vamos ter filhos. (...) Percebemos que um filho nasce do amor. Isso tem de sobra nessa casa! Nos amamos muito, estamos juntas vai fazer 10 anos em 23 de janeiro próximo, e temos muito amor para construir uma família. Agora existe eu, Marta, Zé, Mané e a, cada vez mais forte, presença de vocês. Existem muitas formas de nos encontrarmos e estamos no caminho de todas, pois ainda não sabemos como vocês vão querer vir. Nesse processo, somos obrigadas a fazer milhões de escolhas que vão interferir diretamente na vida de vocês, mas, como ainda não podemos perguntar como preferem, espero muito estarmos acertando.<br />
Hoje, por exemplo, fiz minha segunda tentativa de inseminação. <br />
Na verdade, parei de escrever porque a Marta chegou. Hoje já é domingo (estava escrevendo em uma quinta-feira) e sua mãe Marta também fez uma tentativa de inseminação ontem. Para que nos entendam, queremos tanto que vocês venham, já os amamos tanto, que estamos mesmo pensando em uma família grande! Ao mesmo tempo, nós duas estamos tentando a inseminação e, um pouco antes disso, entramos com um processo de adoção. Acreditamos que toda a criança precisa ser adotada, se não trata-se apenas um fenômeno biológico, de maneira que é assim que vai ser aqui em casa. Todos serão adotados. Provavelmente, um vai nascer da minha barriga, outro da barriga da mamãe Marta e outro ainda de uma terceira barriga! O fundamental não é de onde vieram, mas onde vão chegar e o que vamos construir juntos. Mas achamos que devem saber de onde vieram e, por isso, escrevo essa carta."<br />
</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
Enfim, começamos aí a planejar nossos três filhos. Três filhos que sonhamos desde o inicio do nosso namoro e eu, com apenas 18 anos, brincava dizendo que teríamos um da minha barriga, um da barriga da Marta e um terceiro adotado! Eis que a brincadeira começava a se tornar realidade. <br />
O resto da história vocês sabem mais ou menos. Primeiro a Marta engravidou, agora eu. A habilitação para adoção saiu quando a Rosa tinha quatro meses. Decidimos suspender a habilitação, pois estávamos ainda em um momento muito inicial com a Rosa. Quando decidimos ter o segundo, resolvemos priorizar a minha gravidez, pois a biologia rege o tempo desse tipo de processo (e digamos que mesmo tendo menos de 30 anos eu não engravidei com facilidade) e mantivemos a habilitação suspensa. <br />
Acontece que essa segunda feira nos ligaram da Vara da infância e adolescência informando que havia uma menina de dois anos e nove meses apta a adoção e que éramos as primeiras da fila. Que fila? Nossa suspensão durava apenas um ano. Não nos informaram ou não entendemos isso... pedimos 24h para pensar. A moça entendeu o engano e poderíamos ter nos afastado do caso na hora, mas também não conseguimos. Ficamos muito abaladas, pois sempre imaginamos esse telefonema seguido de uma grande euforia, mas não era isso agora. Se por um lado queríamos que fosse, por outro tínhamos medo de ser irresponsáveis com as três crianças. Após pensar um bocado, pelo menos racionalmente entendemos que cada criança ia precisar de cuidados especiais: o José como recém nascido, a Rosa se adaptando a não ser mais filha única e, sem duvida, essa menina, se adaptando a toda uma nova vida. Não seríamos as melhores pessoas para dar isso para ela agora. Falamos com a assistente social com lágrimas nos olhos. A Marta chorou muito e ainda estamos abaladas.<br />
Mas enfim, isso reacendeu nosso sonho. Sonho que não é mais sonho, é plano. Depois que o José nascer, pretendemos criar as circunstâncias de mais um filhote para completar a tão sonhada família. Quando suspendermos o bloqueio da nossa habilitação, temos certeza que virá para nós uma criança linda que nos fará mais felizes e mais completas e que vai se divertir muito com os seus dois irmãozinhos. Queremos nos preparar para ela como nos preparamos para a Rosa e agora para o José. Mais um tempo e o blog deve ter que mudar de nome... E espaço tem: viva a casa de Santa Tereza!</div>
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</div>mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-43979130133491053092012-01-27T09:23:00.000-08:002012-01-28T18:38:56.749-08:00Mães de menina e Mães de meninoPois é. Ainda no ventre José começa a nos apresentar o universo masculino que vem com ele. Desde pouco depois que descobrimos que eu estava grávida - na verdade desde que soubemos que apenas um embrião (dos dois visualizados no primeiro ultrassom) tinha se desenvolvido - senti que era um menino. Não achava que fosse ter esse tipo de sensação, mas comecei a dizer para as pessoas: "acho que é um menino, não sei porque". Bem, quando efetivamente confirmamos o menininho, a Marta - que detesta terapia ou auto ajuda - falou: vou comprar aquele livro: "criando meninos"! Sempre rimos desse livro, pois qual seria de fato a diferença entre criar meninos e meninas? Mas na eminência de um ser do sexo masculino dependendo de nós, a insegurança bateu: será que temos que fazer alguma coisa diferente?<br />
Bom, começa com as roupinhas. Verificamos que quase NADA pode ser aproveitado do armário da Rosa. Por mais que ela vista azul, verde, quase tudo tem lacinho, borboletinha, coraçãozinho, florzinha... é impressionante como as roupas são marcadas. Tem algumas coisas unissex (que a Rosa usava com um lacinho na cabeça, claro....). Falei sobre isso com a Irene, irmã da Marta, que também espera um menino (sim, ele vai ter um priminho!!) e achei a percepção dela incrível: na nossa classe solcial e nos tempos atuais, é melhor ser mulher do que homem... a menina pode usar qualquer coisa, fazer o que quiser e ninguém fala nada... O pobre do menino, não usa vestido, não usa rosa (ou usa?), não rebola... blá, blá, blá...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7_Qztw5nPXvzZrYLEuG6yAwXcXN_OxwJ7e4SHVn8VbFRIRp9PWOdc9wVi-tdZFwTcOymKAVWVIj10Wf_vw35AX6BMPw9DJJod_FdXFK5zVbjsulFHOL3fSv_5AEOSJ_1wkAlcpS6greQ/s1600/morfolo%CC%81gica+Jose%CC%81.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7_Qztw5nPXvzZrYLEuG6yAwXcXN_OxwJ7e4SHVn8VbFRIRp9PWOdc9wVi-tdZFwTcOymKAVWVIj10Wf_vw35AX6BMPw9DJJod_FdXFK5zVbjsulFHOL3fSv_5AEOSJ_1wkAlcpS6greQ/s320/morfolo%CC%81gica+Jose%CC%81.jpg" width="209" /></a></div>
Enfim, fora tudo isso, tem o "piu piu". Nas minhas duas últimas ultrassonografias, ele foi foco absoluto dos médicos. Pedi à primeira médica que fizesse uma foto de perfil do José e escrevesse abaixo o nome, pois a Marta me deu de natal um porta retrato com uma ultra de perfil da Rosa e o nominho dela e um espaço para colocarmos uma do José. Acontece que ele estava com o rostinho escondido. Qual foi a solução da médica? Quando peguei o laudo, ela colocou uma foto do pênis do meu filho, escrito: "pênis" e abaixo: "José". Pode isso? Nunca fizeram isso com a Rosa. Fariam isso com uma menina? Bem, apesar de um certo incômodo, achamos alguma graça, no mínimo curioso esse culto ao "pintinho" de um feto... Passou um mês, outra ultra. Dessa vez a morfológica. Primeiro as notícias: nosso filho está lindo e saudável! Tudo certo com ele! Ele mede em torno de 24cm e pesa cerca de 527g!! Solicitamos novamente a tal foto de perfil. O ultrassonografista fez e ficou linda!! (deu até para achar que a boquinha e o queixo parecem comigo...). Pegamos então o laudo: várias fotinhos da morfologia do feto - coração, cérebro, ossos, rosto, mãos, pés, sexo, etc e, na segunda página, duas fotos ampliadas para as mamães ficarem felizes: o perfil escrito José e o??? "Piu piu"! A página está escaneada ao lado para que todos vejam que nosso filho é lindo (e macho mesmo, né? Deve ser isso...).<br />
Enquanto isso, nossa menina está cada dia mais vaidosa. Ontem, chegamos na cheche e todas as professoras contavam a seguinte história: fizeram uma atividade na sala de multimeios - que tem fantasias. A atividade era mexer no caldeirão de bruxa, mas a Rosa resolveu se fantasiar: colocou chapéu, colares, pulseiras e dizia: "(R)osa tá (l)inda!!". Os amigos então vinham com cobrinhas e morceguinhos perto dela e a nossa pequena: "Não, sai! A (R)osa tá (l)inda!". Bem menininha essa nossa filha... Como diria a Marta: nossa "Xuxuca Piruinha!!"<br />
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<br />mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3702585039449463113.post-8949756367094599462012-01-20T18:17:00.000-08:002012-01-20T18:44:44.972-08:00Mães de dois<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghfdNWnDgqb-qwRy97k3WoIeVa6KlAr2s5-s-kh_1ATDffeoRY9MI3zF4ijYvvVy3zMigtpzadYFoeW2RuA6zjGwSVDSFsbVgdIvhz2cSVaTLPrN-clV8GOGWxKPMSFcW5IRbX6-iVpiU/s1600/059.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghfdNWnDgqb-qwRy97k3WoIeVa6KlAr2s5-s-kh_1ATDffeoRY9MI3zF4ijYvvVy3zMigtpzadYFoeW2RuA6zjGwSVDSFsbVgdIvhz2cSVaTLPrN-clV8GOGWxKPMSFcW5IRbX6-iVpiU/s320/059.JPG" width="180" /></a></div>
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Desde que esperávamos a Rosa, tinha vontade de escrever as experiências pelas quais estávamos passando em um blog. Acabei na dúvida e escrevi vários e vários textos só para ela (que tenho que lembrar de imprimir e salvar para que não se percam nesses arquivos digitais).<br />
A Rosa nos fez mães. Gerada na barriga da mamãe Marta, eu acompanhei cada segundo desde antes da concepção, preenchi o livro da grávia e fiz yoga para gestantes. Ela nasceu enquanto eu cantava "A Rosa" do Pixinguinha e hoje, com um ano e sete meses, Caetano cantava essa música no rádio do carro e ela falou: "a muca da Osa!". Ficamos muito emocionadas.</div>
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Desde antes de nascer, ela é o centro da nossa atenção e sabe muito bem disso. Já faz quase 6 meses, a Marta carregava o bebê de uma amiga e ela puxou o pé da criança e disse: "Não! Mamãe meu!". Eu então peguei o bebê do colo da Marta e ela repetiu o texto puxando mais uma vez o pé da aminguinha Lia: "Mamãe meu!".</div>
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Eis que vamos ter outro filho: José vem por aí. Hoje completo 5 meses de gravidez e ele está se fazendo presente, chutando a beça e me fazendo ir ao banheiro a cada 15 minutos. Acho que a brincadeira do dia é apertar a minha bexiga. </div>
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Descobri que segundo filho é mesmo o que dizem: temos muito trabalho com a Rosa, não somos mais marinheiras de primeira viagem, estamos trabalhando muito e, o resultado é que, até o início desse ano, ainda não tinhamos conseguido curtir a gestação simplesmente. Mas isso está mudando, comecei a fazer yoga para gestantes, a Marta participa dos encontros sobre cuidados com o bebê, compramos várias coinhas (de menino!) quando fomos visitar meu irmão em NY e agora inicio esse blog! Assim, as experiências de sermos mães de dois ficam registradas para os pequenos e para os amigos que querem notícias.</div>
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Por enquanto, os irmãos se dão bem. A Rosa faz carinho na minha barriga, sempre que vê uma ultra fala "neném!" e já chama o irmãozinho pelo nome: "Xosé!". Quero só ver quando ela descobrir que não se trata de uma mancha em preto e branco e nem de uma melancia que a mamãe engoliu... </div>
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Beijos a todos, estou feliz em compartilhar por aqui.</div>
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Laura</div>mães da Rosa, do José e da Clarissahttp://www.blogger.com/profile/06632663753234638198noreply@blogger.com3